Notícia |
Visita à Biblioteca Joanina Universidade de Coimbra
2 de Novembro de 2012
Inscrições - Centro Beira Mondego
O Centro Beira Mondego, vai organizar uma visita guiada, á Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, no próximo dia 9 de Dezembro de 2012, estando abertas as inscrições no Centro Beira Mondego, para sócios e não sócios. Deixamos alguma informação sobre este Monumento que, apesar de próximo, muitos desconhecem: A biblioteca barroca da Universidade de Coimbra, construída no século XVIII, no reinado de D.João V, é antecedida por um portal encimado pelo escudo nacional. O seu interior é formado por três salas que comunicam entre si por arcos decorados, com estrutura idêntica à do portal, e foi totalmente executada por artistas portugueses. As paredes estão cobertas de estantes de dois andares, em madeiras exóticas, douradas e policromadas; os tectos pintados, da autoria dos pintores lisboetas Simões Ribeiro e Vicente Nunes, conferem a todo o conjunto uma grande harmonia. Contém cerca de 200 mil obras, de que se destacam exemplares de medicina, geografia, história, estudos humanísticos, ciências, direito civil e canónico, filosofia e teologia. A Casa da Livraria, nome por que era conhecida a biblioteca, recebeu os primeiros livros depois de 1750, sendo a construção do edifício datável entre os anos 1717 e 1728. O edifício tem três andares, havendo no piso nobre (aquele que se visita) cerca de 40 mil volumes. As colecções bibliográficas podem ser consultadas, bastando para isso fazer um pedido; o exemplar é levado para a Biblioteca Geral, por um funcionário, ficando aí à disposição do interessado. Estes cuidados prendem-se com o facto de se tratar de livros antigos (as colecções datam dos séculos XV, XVII e XVIII), que na sua maioria representam o que de melhor havia na Europa culta do tempo. Todos estes exemplares bibliográficos estão em boas condições porque o edifício é uma perfeita caixa-forte, proporcionando um ambiente perfeitamente estável ao longo de todo o ano. Com efeito, a construção do edifício foi pensada para ser uma «casa de livros», tendo a protegê-los paredes exteriores de 2,11 metros de espessura. A porta deste «cofre» é feita em madeira de teca, o que permite ter uma temperatura constante de 18 a 20 ºC. Para criar um ambiente estável, a humidade é mantida nos 60%, o que é facilitado pelo facto de todo o interior da biblioteca ser revestido a madeira. Além das diferenças de humidade e temperatura, os livros têm outro inimigo: os insectos que se alimentam de papel. Neste edifício, não há qualquer problema com esses papirófagos, pois as estantes são feitas de madeira de carvalho, que, para além de ser muito densa, dificultando a penetração dos insectos, exala um odor que os repele. Os livros contam com outro aliado: no interior da biblioteca, habita uma colónia de morcegos que, durante a noite, se alimentam dos insectos. A presença dos mamíferos alados requer um cuidado adicional para prevenir danos causados pelos seus dejectos nas madeiras preciosas das mesas: todos os dias, ao fechar a biblioteca, um funcionário cobre os bufets (mesas) com umas toalhas de couro e, de manhã, remove-as e limpa o chão.
JF |
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